terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Amar

Amor sem querer
é amar sem vencer
É um sentimento que surge de repente
É um sentimento que nos traz muitas emoções
Amar é vencer
Amar é chorar
Amar é viver
Amar é sonhar
Amar é tudo isto e muito mais
Por vezes é passageiro
Por outras é duradouro e deixa marcas
O amor é directo
Por vezes deixa certezas
Por outras incertezas
Mas amar é assim
E eu não vou desistir facilmente
e por ti eu vou até ao fim

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Será que vou encontrar a resposta?


Na certeza da incerteza que lhe assombrava o espírito, Amy recuou. Ela não queria avançar. O medo e a vontade confundiam-na. A vontade e o desejo faziam-na avançar, mas o medo e a angústia faziam-na parar. Encontrava-se agora no início do labirinto. O labirinto do seu coração, este era o lugar que tinha de decifrar e percorrer para chegar aos seus sentimentos. Confusa? Sim, sentia-se! Ou então, não. Amy não tinha a certeza do que seu coração lhe quereria transmitir. Em toda a sua vida Amy amava Peter. Toda a sua vida vivera para ele.

Porque razão agora o seu sentimento por Peter estaria a ser posto em causa? O amor não devia ser eterno?

Com tantas perguntas sem resposta, Amy decidiu avançar e tentar descobrir as respostas.

Avanço determinada e percorreu a primeira fila de arbustos e sentiu o cheiro da terra, acabada de ser molhada pela água da chuva. Amy adorava esse cheiro, pois fazia-lhe lembrar muita coisa. A chuva parou e agora o Sol era o seu maior aliado. Virou na primeira entrada do labirinto e suspirou de alívio por não lhe ter acontecido nada... e continou o seu percurso com mais confiança. Ela passou várias entradas e, enquanto caminhava tocava ao de leve nas flores e sentia a suavidade das folhas semi-banhadas pela chuva e lembrou-se do dia em que conhecue Peter. Por acaso nos dia em que se conheceram também tinha chovido e depois o Sol tinha surgido. Foi o dia que mais marcou toda a sua existência. Nesse dia descobriu o verdadeiro significado do amor. Nesse dia apaixonou-se pela primeira vez.

O sol penetrava agora pelas folhas verdes e as gotas brilhavam como pirilampos na escuridão. O seu caminho agora estava iluminado, por pequenos focos de luzinhas brilhantes. Perante tanta beleza que a inundava Amy estremeceu e parou.

Será que no fim do labirinto irei ter a resposta que tanto procuro? Perguntou ela a si própria. E esta era mais uma pergunta sem resposta.

Por uns momentos pensou em recuar, por uns momentos desejou não queres saber respostas para as seus perguntas. Um medo como nunca tinha sentido antes, encheu-lhe a alma e imobilizou-a. Mas ela avançou e entrou numa nova entrada e continuou a caminhada guiada pelo odor da terra molhada e iluminada pelas gotas de chuva sobre as folhas. Mas agora o caminho não tinha saída e viu-se em frente de uma enorme parede de folhas verdes e recordou-se das discussões e dos momentos menos bons passados com Peter, enquanto ela pensava em tudo isso o Sol escondia-se atrás da chuva. As lágrimas teimaram em aparecer, mas ela não deixou que caminhassem pelo seu rosto.

Recuou alguns passos e entrou noutra entrada. Esta tinha saída, o odor a terra molhada tinha voltado e o Sol voltou a aparecer. Amy caminhou, caminhou até encontar alguma resposta. A ânsia de chegar ao fim estava cada vez maior, ela estava perto da resposta, não podia desisir agora. Amy começou a correr, ela queria chegar ao centro, ou seja, ao fim do labirinto. Era lá que estavam as suas respostas.

Por fim chegou ao centro e lá estava Peter à sua espera de braços abertos, entregando todo o seu amor.

Ele era a sua resposta...

Era o seu amor eterno...

Era a sua razão de viver...